CNM
O
salário mínimo previsto para 2016 no Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA) é de R$ R$ 865,50. Como faz a cada reajuste do mínimo, a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) calculou qual será o impacto
deste aumento nos cofres públicos municipais. As prefeituras vão arcar
com R$ 2,2 bilhões, inclusive com encargos patronais, 13.º salário e
férias. Só de encargos trabalhistas são R$ 305,6 milhões por ano.
A
CNM explica que esse valor é subestimado. O gasto deve ser ainda maior,
porque neste cálculo não estão incluídos os servidores municipais
aposentados e as contratações feitas de 2013 até a presente data. O
cálculo considera a quantidade de servidores que recebem até um salário
mínimo e meio.
Este
impacto acontece porque todas as aposentadorias e benefícios sociais
têm como piso o salário mínimo. Além disso, as prefeituras,
principalmente as de menor porte, têm um grande número de funcionários
com até um e meio salário mínimo. Assim, as despesas com pessoal são
aumentadas progressivamente.
Por Estado
O Estado mais impactado é Minas Gerais, por ter o maior número de Municípios e consequentemente a maior quantidade de servidores. Quando somado os encargos patronais, os Municípios mineiros irão desembolsar R$ 379,4 milhões por ano.
O Estado mais impactado é Minas Gerais, por ter o maior número de Municípios e consequentemente a maior quantidade de servidores. Quando somado os encargos patronais, os Municípios mineiros irão desembolsar R$ 379,4 milhões por ano.
Na
contramão, os Municípios do Amapá sofrerão menos. Eles possuem o menor
número de funcionários que recebem até um e meio salário mínimo.
Desembolsarão R$ 4,8 milhões por ano.
Atualização do mínimo
A atualização do salário mínimo é baseada na correção da inflação acrescida da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos doze meses anteriores ao mês do reajuste.
A atualização do salário mínimo é baseada na correção da inflação acrescida da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos doze meses anteriores ao mês do reajuste.
Para
calcular o percentual de reajuste do salário mínimo para o ano de 2016 é
necessário utilizar o PIB de 2014 e o INPC de 2015. O crescimento do
PIB em 2014 foi de 0,15% e a previsão do INPC para 2015 é, de acordo com
estimativas do mercado, 9,5%.
Valorização nominal
Nos últimos oito anos, a valorização nominal do salário mínimo - descontada a inflação - chega a 108,6% quando considerado o aumento previsto para 2016. O mínimo passou de R$ 415, em 2008, para R$ 865,50, em 2016.
Nos últimos oito anos, a valorização nominal do salário mínimo - descontada a inflação - chega a 108,6% quando considerado o aumento previsto para 2016. O mínimo passou de R$ 415, em 2008, para R$ 865,50, em 2016.
O
impacto considera apenas aqueles que ganham até um e meio salário
mínimo. Para o cálculo do impacto total são levados em consideração o
acréscimo, em reais, na folha de pagamento consequência da valorização
do salário mínimo somado aos gastos com encargos trabalhistas. Para
calcular o impacto dessa valorização foram considerados apenas os
servidores municipais que ganham até um e meio salário mínimo.
Fonte de financiamento
Aumentar o salário mínimo contribui para a distribuição de renda e a redução da pobreza. No entanto, por conta do aumento nos custos da folha de pagamento dos servidores, a Confederação defende que a política deveria ser acompanhada de uma fonte de financiamento.
Aumentar o salário mínimo contribui para a distribuição de renda e a redução da pobreza. No entanto, por conta do aumento nos custos da folha de pagamento dos servidores, a Confederação defende que a política deveria ser acompanhada de uma fonte de financiamento.
Sem
uma fonte de custeio, recursos que seriam disponibilizados para
investimentos passam a ser vinculados ao custeio da folha de pagamento. O
acréscimo das despesas prejudica severamente as finanças municipais.
Enquanto o salário mínimo é valorizado, as transferências
constitucionais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), não
têm crescido nas mesmas proporções.
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