94
municípios são alvos de 101 ações diretas de inconstitucionalidade (Adins)
entregues nesta semana pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) ao Tribunal de
Justiça (TJ). As prefeituras estão sendo acionadas por terem leis municipais
que permitem a contratação de servidores sem a realização de concurso público.
A análise das legislações das 223 cidades paraibanas ainda não terminou, por
isso ainda podem surgir mais ações.
O
município de Mari, também está na lista. Isto significa que também está sendo
acionado por irregularidades em sua Lei Municipal que permite contratação de
servidores sem concurso público.
Paralelamente,
o MPPB concedeu um prazo de 20 dias para que cada município do Estado apresente
sua folha de pessoal do mês de agosto, detalhando quantos servidores são
prestadores de serviços, comissionados e efetivos. O objetivo do órgão é mapear
as cidades que não cumpriram a recomendação do exoneração dos contratados sem
concurso e não realizaram seleções públicas para ocupar estes cargos, bem como
a quantidade de trabalhadores que estão nesta situação.
Com
relação às leis municipais que permitem estas contratações, elas são
consideradas irregulares pelo MPPB, pois confrontam as constituições federal e
do Estado da Paraíba. Estes dispositivos das Prefeituras e Câmaras Municipais
conhecidos como “leis de contratação por excepcional interesse público” foram
analisados pelos promotores de Justiça regionais e questionados pelo MP no
Tribunal de Justiça.
“Os
promotores solicitaram às Câmaras Municipais as leis existentes dando suporte
às contratações. Vários municípios atenderam e outros não, mas ainda está sendo
feito esse levantamento. Dos textos das leis que eles receberam, fizeram um
estudo profundo e detectaram que 100 delas ferem a Constituição Estadual e
também a Federal. Daí ingressar com as 100 Adins, para que o Tribunal de
Justiça possa avaliar a constitucionalidade dessas leis. No entendimento do
Ministério Público essas leis são inconstitucionais, sim, por haver o vício de
contratar sem concurso”, afirmou Oswaldo Filho.
O promotor
Carlos Romero, presidente da Comissão de Combate à Improbidade Administrativa e
Irresponsabilidade Fiscal, explicou que os gestores não chegam a ser
responsabilizados caso as ações propostas sejam acolhidas pela Justiça. Porém,
as leis podem ser cassadas, e com isso os municípios deixam de ter
justificativa legal para contratar funcionários sem promover concurso público
antes.
“Estas
ações enfocam uma parte do problema. Estamos tratando da situação normativa, ou
seja, daquilo que pode ser usado como 'desculpa' pelas Prefeituras para
legitimar as contratações ilegais. Paralelamente, estão sendo feitas as
fiscalizações nas cidades para constatar se está sendo cumprida a recomendação
de exonerar os servidores em situação irregular”, ressaltou.
Confira abaixo a lista parcial dos municípios acionados:
Alagoa Grande (duas ações)
Alagoa Nova
Alagoinha (duas ações)
Alcantil
Amparo
Aparecida
Aroeiras
Assunção
Baraúna
Boqueirão
Brejo dos Santos
Cabaceiras
Cacimba de Dentro
Alagoa Grande (duas ações)
Alagoa Nova
Alagoinha (duas ações)
Alcantil
Amparo
Aparecida
Aroeiras
Assunção
Baraúna
Boqueirão
Brejo dos Santos
Cabaceiras
Cacimba de Dentro
Veja o restante dos municípios: AQUI
DO: Blog Mari Fuxico com Paraíba1
Nenhum comentário:
Write comentáriosO Blog Não irá se responsabilizar por comentários ofensivos.