O
governo elevou o valor do salário mínimo para 2012 de R$ 619,21 para R$
622,73. O novo número consta no ofício que o Ministério do Planejamento
enviou ao Congresso, ontem, com a atualização dos parâmetros econômicos
utilizados na elaboração da proposta orçamentária do próximo ano. A
diferença de R$ 3,52 deve-se à revisão do INPC deste ano, que reajusta o
mínimo.
A
proposta orçamentária foi elaborada com uma previsão de INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) de 5,7%. O número, somado à taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, que foi de 7,5%,
projetou um mínimo de R$ 619,21 no projeto original, equivalente a um
aumento nominal de 13,6%. A atualização elevou a inflação para 6,65%.
Com a mudança, o aumento nominal sobe para 14,26% frente ao valor atual,
que é de R$ 545.
A
projeção de aumento do INPC impacta os benefícios assistenciais e
previdenciários com valores iguais ou superiores ao mínimo. Para os
benefícios da Previdência, a previsão de reajuste subiu de 5,7% para
6,3%, portanto, abaixo do INPC de 2011. No geral, o governo estima que
os gastos com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) no próximo ano
vão subir de R$ 313,9 bilhões, número que consta no projeto original,
para R$ 320,4 bilhões.
Governo rebaixa crescimento econômico
Em
relação aos demais indicadores econômicos, o governo rebaixou o
crescimento econômico para este ano, que saiu de 4,5% para 3,8%, e
manteve o valor do próximo ano (5%). A produção industrial também
apresenta uma expectativa de redução. Para este ano, a projeção cai de
2,95% para apenas 0,63%. Em 2012, o percentual reduz de 5,2% para 4,8%.
Outra diminuição é na taxa média de juros (Selic), que sai de 11,98%
para 11,69%, neste ano, e de 12,45% para 11,45% em 2012.
Em
relação à meta oficial de inflação (IPCA), o governo projetou aumento
para os dois anos. A primeira projeção era de 6,43% para este ano e de
4,9% para o próximo. Agora, a expectativa é de 6,62% e de 5,25%,
respectivamente. O número oficial para 2011 é 0,14 ponto percentual
superior ao projetado pelo mercado, de acordo com o boletim Focus do
Banco Central divulgado também nesta segunda.
A
atualização dos parâmetros econômicos é uma exigência da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Os números auxiliam o Congresso no
cálculo da arrecadação federal do ano posterior. O relator da receita do
projeto orçamentário, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), poderá apresentar
uma atualização do parecer da receita antes da votação do relatório
final, em dezembro. O primeiro parecer, aprovado em outubro, elevou as
receitas federais em R$ 26,1 bilhões.
Receitas
Os
novos parâmetros servirão de base para a atualização das receitas para
2012, cujo relatório está a cargo do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Na
primeira reestimativa feita por ele - e aprovada em outubro passado -, a
receita líquida da União foi elevada de R$ 911,7 bilhões para R$ 937,8
bilhões.
do: http://edsonnapolitica.blogspot.com
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