O promotor da Educação em Campina Grande, Guilherme Câmara, disse que poderá solicitar ao Ministério Público a ilegalidade da greve, caso os estudantes e familiares continuem sendo prejudicados com a paralisação.
- Ninguém discute que o direito de greve é assegurado constitucionalmente isso é de direito, mas o direito à educação, designadamente a pública, também é um direito inalienável e um serviço público de natureza obrigatória por parte do Estado - pontuou o jurista.
Segundo Câmara, muitos pais de alunos da rede municipal estão sendo prejudicados e correndo o risco de perder seus empregos, pois não têm onde deixar os seus filhos, devido às creches, berçários e escolas estarem fechadas.
- A Promotoria de Educação não pode deixar de ter isso em perspectiva, pese reconhecer o direito dos grevistas de fazer greve e até mesmo a justeza de alguns pleitos. Pessoalmente entendo que todas as categorias de professores deviam ser melhores remuneradas, agora é possível se expor que alguém está tendo prejuízo, um universo considerável de alunos e familiares, já que não só as escolas, mas creches e berçários estão sem funcionar - declarou Câmara.
O promotor explanou que o Ministério Público pediu à Secretaria de Educação um documento mostrando os detalhes do aprofundamento da greve, e caso fique comprovado que o movimento é abusivo vai pedir a decretação da ilegalidade da greve.
O movimento iniciou no dia 18 de março deste ano e não há previsão de retorno dos professores. Após uma assembleia realizada na última segunda-feira (08), no auditório da AABB, o movimento grevista decidiu continuar a paralisação e mais de 28 mil alunos estão fora das salas de aulas.
Nenhum comentário:
Write comentáriosO Blog Não irá se responsabilizar por comentários ofensivos.