MARCEL RIZZO
ENVIADO ESPECIAL A LUQUE (PARAGUAI)
ENVIADO ESPECIAL A LUQUE (PARAGUAI)
A Libertadores que ganhou fama com estádios acanhados, pouca segurança, partidas em cidades distantes, que obrigava os clubes a viajarem de avião e ônibus por estradas perigosas deve acabar.
Por pressão principalmente dos brasileiros --mas também de argentinos--, a Conmebol aceitou alterar regras da competição para evitar jogos em estádios sem condições de dar segurança e conforto aos visitantes ou que obriguem os clubes a fazerem deslocamentos complicados.
A confederação que comanda o futebol sul-americano também tomou essa decisão por questões comerciais.
A Conmebol quer evitar que problemas relacionados a violência manchem o torneio, que há alguns anos se associa a empresas que pagam caro para ter seu nome vinculado à Libertadores.
Norberto Duarte/AFP | ||
Sorteio da 1ª fase e dos grupos da Libertadores-2013 |
Entre as novas regras, por exemplo, está proibido um time mandar jogos em cidades que não tenham um aeroporto a até 100 km de distância.
A viagem do São Paulo para a equatoriana de Loja, pela Copa Sul-Americana, demorou 20 horas, e o clube teve que usar três aviões e viajar quatro horas de ônibus. O caso foi usado como exemplo para a regra ser aplicada. Loja está a 207 km do aeroporto mais próximo, em Cuenca.
O Corinthians deve se beneficiar da regra na primeira fase da Libertadores de 2013 e não jogar contra o San José em Oruro, na Bolívia. A cidade fica a mais de 200 km da capital La Paz e o acesso é feito por meio de ônibus.
Os corintianos, porém, não devem se livrar da altitude, que em Oruro é de 3.800 metros. A Conmebol pode marcar o jogo para La Paz, a 3.600 metros de altitude.
Para barrar estádios ruins, que prejudicam a exposição dos patrocinadores e até a transmissão da TV, o caminho encontrado foi vetar aqueles que não tenham iluminação artificial.
A CBF pediu também atenção à segurança e à integridade física dos atletas. Jogadores serão suspensos se acumularem três cartões amarelos. Até 2012, isso gerava apenas gerava multa ao clube.
A criação de um comitê disciplinar também deve coibir abusos. Hoje, suspensões de jogadores e interdições de estádios saem de "canetadas" dos dirigentes, sujeitos a pressões de clubes. Um grupo vai analisar as sanções.
Na palavra de um dirigente de um grande clube brasileiro, talvez não acabe de vez aquela tradicional cena de policias protegendo jogadores com escudos em cobranças de escanteio, mas isso deve diminuir bastante.
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