O ser humano tem uma habilidade fantástica em
observar apenas os detalhes que lhe são convenientes, convertendo-se,
suas impressões, na maioria das vezes, em iconoclastias ou em
verdadeiras epopéias. No cidadão comum esta conduta é aceitável,
entretanto torna-se nociva para a sociedade quando é aplicada pelos
órgãos de imprensa. Ora, a imprensa tem não somente a função de informar
a sociedade, como também, de fazer registros históricos. Portanto, nada
mais honesto, com a sociedade atual e com a futura, do que buscar um
ponto de equilíbrio.
Quem não mora na
Paraíba, e se informa a respeito do Estado com determinados jornais,
diria que a mesma é governada pelo imperador Nero.
E o pior, não o Nero histórico, pois mesmo deste é possível se ler
registros de ações positivas como avanços nas áreas do comércio e da
diplomacia, por exemplo. Quando se observa determinados jornais, a
impressão que se tem é a de caos, de desgoverno, de ditadura e, ao contrário de Nero, não há – nesses veículos – quem registre um avanço sequer.
Lendo outros veículos tem-se a impressão de que o Estado é governado pelo mítico Prometeu e
que, o pobre governante, está sendo punido, pelos grandes, por
“entregar o segredo do fogo aos homens”, ou seja, lutar para libertá-los
da dependência que tinham daqueles, tornando-os capazes de lutar/pensar
por si mesmos. Aqui o governante não apresenta defeitos e, em sua
cruzada pelo bem comum, arremessa-se bravamente contra tudo quanto venha
a ameaçar o interesse comum.
Soa
fantasiosa a tese de um governo perfeito, assim como soa mais fantasiosa
ainda uma administração que não tenha nada de bom para mostrar. O
governo atual apresenta reveses? É obvio. Mesmo nos melhores governos
que a Paraíba teve – e nos
que ainda virá a ter – determinados setores serão desagradados.
Entretanto, para que se diferencie jornalismo de assessoria de imprensa,
é preciso que alguns setores parem com a idéia de caos e, mesmo
continuando com as denuncias, tenham o espírito público de retratar os
avanços da atual gestão.
A justiça, não
poucas vezes, falha. Entretanto a história é implacável e haverá, sempre
de fazer justiça aos injustiçados e denunciar os injustos, sejam
agentes políticos ou mesmo jornalistas.
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