Para
João Coser, apesar do bom desempenho dos municípios este ano, é preciso
ficar atento aos reflexos da crise mundial no ano que vem – FNP
As
finanças dos municípios brasileiros cresceram em 2010, após uma forte
retração causada pela crise econômica internacional. Essa é a conclusão
do estudo que a Frente Nacional de Prefeitos lançou na manhã de hoje
(2), intitulada Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil
A
elevação do Produto Interno Bruto (PIB) em 7,5% fez com que as receitas
e despesas dos municípios aumentassem. Dessa forma, as cidades, em
geral, voltaram a registrar taxas de crescimento como em anos
anteriores.
O
estudo mostra que a receita total dos municípios brasileiros foi de R$
321,11 bilhões em 2010, o que representa um crescimento de 11,6% na
comparação com o ano de 2009. O aumento foi impulsionado,
principalmente, pelo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
No
tocante às despesas, o valor total foi de R$ 315,50 bilhões, o que
representa 11,2% a mais do que o registrado no mesmo período de 2009. De
acordo com o estudo, o aumento de gastos se deve a um maior
investimento feito pelas prefeituras, em termos percentuais, e a
custeios, em termos absolutos.
Apesar
dos índices positivos, o presidente da FNP e prefeito de Vitória (ES),
João Coser, alerta para os riscos futuros. “Nós teremos que ter mais
cuidado em 2012 porque a crise internacional ainda não impactou. Então,
toda a preocupação não é com 2011, que tenderá a fechar com bons
indicadores. No Brasil, temos um crescimento médio da arrecadação de
vários tributos. Agora, 2012 gera uma grande preocupação”, disse no
lançamento do anuário.
O
anuário Multi Cidades utiliza como base números da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens
da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas
com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
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