AGÊNCIA SENADO
Laércio Franzon
Os senadores aprovaram, nesta terça-feira (30), o substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 32/1997
que estabelece o prazo máximo de 60 dias, contados do diagnóstico, para
o início do tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
O texto prevê ainda um prazo menor que 60 dias, conforme a
necessidade terapêutica do caso. O prazo será considerado cumprido
quando se iniciar efetivamente o tratamento (cirurgia, radioterapia ou
quimioterapia).
Outra medida importante trazida pelo projeto é a previsão de acesso
“gratuito e privilegiado” a analgésicos derivados do ópio para os
portadores de câncer que estejam sofrendo com dores.
O projeto estabelece ainda a obrigatoriedade para os Estados de
elaborarem planos regionais de instalação de serviços especializados em
oncologia, de modo a que áreas não contempladas passem a ter acesso a
esses serviços.
A proposição original, do ex-senador Osmar Dias, dispunha apenas
sobre o tratamento medicamentoso com analgésicos, como por exemplo,
morfina. Na Câmara, o escopo foi ampliado para incluir a obrigatoriedade
de oferecimento pelo SUS aos pacientes com câncer, no prazo máximo de
60 dias, de outros tratamentos disponíveis além dos analgésicos, tais
como cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Em seu parecer pela aprovação do substitutivo, a senadora Ana Amélia
(PP-RS) ressaltou que o texto é preciso ao tratar o lapso de tempo entre
o diagnóstico de câncer e o início do tratamento da doença. Para a
senadora, a demora em começar o tratamento é o principal problema na
terapêutica do câncer no Brasil.
Após a aprovação da matéria, Ana Amélia agradeceu ao presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP) pela inclusão da matéria na pauta de
votações e homenageou o autor da proposição original, o ex-senador do
Paraná, Osmar Dias.
Segundo ela, a aprovação do projeto trará grandes benefícios para as mulheres portadoras de câncer de mama.
O substitutivo, aprovado pela Câmara dos Deputados, em junho, e pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, no mês passado, vai à
sanção.
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