Famup
Prefeitos e secretários
municipais da Paraíba vão aderir a uma manifestação que deve paralisar
os serviços de administração das prefeituras no dia 24 de setembro. A
queixa dos prefeitos seria a queda das receitas e o aumento das
despesas, fato que estaria levando os Municípios a graves problemas
financeiros. Uma audiência pública para discutir a crise também vai
ocorrer na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).
Segundo o presidente da
Federação das Associações de Municípios da Paraíba (FAMUP), Tota Guedes,
os prefeitos reclamam da queda no repasse do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), que, desde janeiro deste ano, estaria acumulando uma
queda de 2,5% junto com a inflação."Estivemos reunidos e marcamos essa
mobilização para o dia 24. Alguns prefeitos vão fechar as prefeituras
mantendo apenas os serviços essenciais.
A sociedade precisa
saber das dificuldades que as prefeituras estão passando.O salário
mínimo aumentou, o piso dos professores aumentou, o custo dos
combustíveis aumentou e a receita não acompanha esse aumento de custo.
Então, quando se coloca a inflação a queda é de 2,5%. As perspectivas
para o futuro não são nada animadoras para esses municípios", afirmou
Tota Guedes.
Também no dia 24, vai
ser realizada uma audiência pública na ALPB para discutir a crise
financeira que atinge os municípios paraibanos. Os prefeitos vão buscar o
apoio dos deputados estaduais. Ainda segundo Tota Guedes, os prefeitos
de Sousa, Nova Palmeira, Frei Martinho, entre outros administradores já
confirmaram que as prefeituras vão ser fechadas no dia da mobilização.
"Entramos em contato com
a maioria dos prefeitos e eles garantiram presença na mobilização e na
audiência pública, já que o tema é de extrema importância para a
sobrevivência financeira dos municípios paraibanos. Os prefeitos de João
Pessoa [Luciano Cartaxo] e de Campina Grande [Romero Rodrigues] ainda
não foram contatados, já que esses municípios possuem outras fontes de
recursos e não dependem muito do FPM para sobreviverem, mas o convite é
extensivo a eles", concluiu Tota Guedes.
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