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Sem
a presença da reitora Marlene Alves, o governador Ricardo Coutinho
(PSB) se reuniu, na tarde desta quarta-feira (1),no Palácio da Redenção,
com o presidente da Associação dos Docentes do Estado da Paraíba
(ADUEPB), José Cristovão Andrade, o diretor do sindicato José Jackson, o
representante dos funcionários técnico-administrativos, Antônio
Marques, e dos estudantes, Priscila Gomes. O grupo solicitou a audiência
preocupado com a questão do duodécimo da universidade estadual. Também
participaram do encontro os secretários Luzemar Martins (Controladoria
Geral do Estado), Nonato Bandeira (Comunicação) e Aracilba Rocha
(Fazenda).
O
governador disse que é necessário esclarecer que desde janeiro de 2011,
o Estado cumpre a Lei da Autonomia, repassando no ano passado R$ 196
milhões ou 4,34% da receita. Ele demonstrou que em 2012, o Estado irá
liberar R$ 218,1 milhões ou 4,53% da Receita Ordinária estimada.
"Enquanto entre o período de 2008 e 2010, o repasse da UEPB aumentou
cerca de 10%, até o final de 2012 o repasse terá um aumento em cerca de
20%, ou seja, um crescimento na ordem de 100% sobre o repasse realizado
no biênio 2009-2010”, destacou.
Ricardo
destacou que nenhum Estado brasileiro, nem o rico São Paulo, transfere
proporcionalmente a suas universidades mais que a Paraíba. Ele citou o
exemplo da USP, a maior universidade de toda a América Latina, que
recebe apenas 3,19% do ICMS arrecadado.
Conta tesouro
A
secretária da Fazenda do Estado, Aracilba Rocha, explicou que não há
lei alguma que fixe percentual de repasse de mais de 3% da receita
ordinária. "Um projeto de lei, que aumentava esse índice para 5,77%, foi
enviado à Assembléia no apagar das luzes do Governo anterior, mas foi
devolvido pelo Poder Legislativo sem qualquer apreciação, tão claramente
absurdos e impraticáveis eram os percentuais”, lembrou.
Aracilba
também esclareceu que não houve fechamento da conta tesouro da UEPB,
mas apenas a aplicação do princípio de unidade de caixa que é
recomendado pelo Tesouro Nacional, e já acontece com todos os órgãos,
inclusive os que têm autonomia institucional. "Esse repasse será feito
através de transferência bancária, registrada pelo SIAF de forma
transparente e não com o pagamento em espécie. A gestão das contas
continua exclusiva da UEPB”, explicou a secretária.
O
presidente da ADUEPB, José Cristovão Andrade, disse que o sindicato
aposta no diálogo institucional e que a universidade não pode ficar
presa a um fogo cruzado motivado por outros interesses externos. Ele
defendeu uma maior transparência na aplicação dos recursos pela reitoria
da instituição e disse que espera uma audiência ampla entre governo,
reitoria e comunidade acadêmica para que a UEPB possa caminhar bem e em
paz, e não no conflito.
A
representante dos estudantes da UEPB, Priscila Gomes, lamentou a
criação de factóides sobre a perda da autonomia da universidade, visto
que para 2012 está previsto um acréscimo de mais de 11% no repasse que
garantiria pleno funcionamento da instituição. "É lamentável que num ano
de eleições para reitoria e para o município pessoas utilizem a
universidade como palanque. Nós estudantes queremos que a lei da
autonomia seja assegurada e também da reitoria mais transparência nas
suas contas e aplicação de recursos”, concluiu.
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