A MAIOR BANDEIRA
Volta-se outra vez esta brava capitania da Parahyba e discutir sua bandeira. É uma discussão bizantina, estéril e que progride apenas por falta de assunto e pelos ódios e rancores bem conservados desde que Dantas resolveu despachar João Pessoa numa confeitaria do Recife. Magoados e obsessivos os Pessoa ainda hoje consideram essa terra seu feudo e tremem à simples insinuação de se mudar qualquer coisa, uma bandeira, um hino, um nome como se disso dependesse a nobreza familiar.
A rigor eu acho horrorosas em termos de heráldica- tanto a bandeira liberal do Nego como a bandeira anterior utilizada apenas por quinze anos que assim não guardando nenhum valor histórico ou sentimental; Uma pela outra não quero troco. Uma é flamenguista a outra é palmeirense e nenhuma das duas tem nada a ver com o nosso Estado e nossas tradições; Até mesmo porque bandeira e símbolos não são artigos mutáveis com o tempo criados para alimentar vaidades.
A própria bandeira nacional sofreu poucas modificações quando esse Império passou a República. Ficaram as cores, o formato e apenas o brasão da família real foi substituído pela lema da ordem e do progresso. Isso mostra que bandeiras são eternas e não podem cortejar nem revoluções nem emoções nem emoções como prova a Rússia ao destronar a foice e o martelo e exibir com orgulho outra vez sua bandeira imperial.
Voltemos mais. Temos um excelente símbolo que era o brasão da Capitania Real da Paraíba, cercado por duas asa, encimado por uma coroa, tendo ao centro brasão com seis pães de açúcar dos nosso engenhoes e com uma flâmula com o nome do Estado. Esse símbolo sim tem hist´roria e tradição, veio da colonização, guarda as raízes dos nossos fundadores e ainda hoje deveria ser nosso pavilhão, imune ao tempo e cobertos pelas glórias da nossa história.
COLUNA
PÃO&CIRCO
POR MARCOS TAVARES
JORNAL da PARAÍBA
olhe! independente de que marco histórico a bandeira da paraíba esteja representando, esta será antes de tudo um lugar de poder e um simbolo ideológico que serve para exaltar os "heróis". a historia diz que isto é perigoso e algumas vezes pode até fazer mal para conscientização crítica da população. se por exemplo trocar-se o "Nego" Pelo brasão da capitania real estarão mudando só os nomes de uma historia escrita só para "dominadores" de épocas diferente. enquanto historiador não sou a favor da mudança da bandeira do Estado. mas defendo um debate crítico sobre o contexto sob o qual está foi pensada.
ResponderExcluirFico com as cores vermelha e preta e o NEGO da bandeira da Paraíba. A única.
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