Foto: Divulgação |
O
governo federal vai abrir cerca de 10 mil vagas para médicos para atuação
exclusiva na atenção básica em periferias de grandes cidades, municípios de
interior e no Norte e Nordeste do país.
O
salário deles deve ficar em torno de R$ 10 mil. A carga horária e outros
detalhes serão anunciados nesta tarde pela presidenta Dilma Rousseff, no
lançamento do Programa Mais Médicos. Inicialmente, as vagas serão destinadas a
profissionais com diploma obtido no Brasil ou validado pelo Revalida. Caso
esses profissionais não preencham todas as vagas do programa, o governo
anunciará um “trâmite diferenciado” para trazer médicos diplomados em outros
países.
Nesse caso, o Ministério da Saúde adiantou que o contrato será temporário, de,
no máximo, três anos. Além disso, os diplomas estrangeiros devem ter origem em
“universidades reconhecidas internacionalmente”. “Se o exame fosse realizado,
não poderíamos determinar onde esse profissional poderia atuar, o que,
possivelmente, não resolveria o problema instalado de falta de médicos nas
regiões mais carentes do país”, explicou, em nota, o Ministério da Saúde, para
justificar a dispensa do Revalida. O médico estrangeiro, ao chegar ao Brasil,
passará por três semanas de treinamento e avaliação, para capacitar-se em
língua portuguesa e em saúde básica.
A
vinda de médicos com diploma estrangeiro sem a a aprovação no Revalida foi
motivo de diversas manifestações em todo o país. Para eles, é um risco para a
saúde pública trazer médicos que não conhecem a realidade brasileira. “Nós não
vamos permitir que a população brasileira seja atendida por médicos
desqualificados e que não tiveram a sua competência avaliada”, disse Roberto
d'Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.
Para o Ministério da Saúde, faltam médicos no
país, embora as entidades digam que os médicos brasileiros não preenchem vagas
em determinados locais por falta de estrutura, e não porque estão em número
insuficiente.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Write comentáriosO Blog Não irá se responsabilizar por comentários ofensivos.