Agência CNM
A Câmara dos Deputados foi palco
de muitas reivindicações municipalistas na noite desta quarta-feira, 16 de maio.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) organizou no segundo dia de
trabalhos da XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios uma comitiva de mais
de dois mil gestores que se locomoveram do Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada,
onde ocorre a Marcha, para o salão verde da Câmara. De lá, os prefeitos se
dividiram entre as 24 bancadas de estado montadas em plenários das duas Casas
Legislativas para tratar das principais reivindicações dos Municípios.
A CNM confeccionou coletes com os
dizeres O Brasil quer Royalties para Todos, que foram distribuídos para os
participantes. O tema prioritário nas reuniões de bancada. Entretanto, temas
como pisos salarias, crise na Saúde e endividamento previdenciário foram
bastante discutidos. E questões ambientais, como estiagem e enchentes, também
foram tratados nas bancada de alguns estados que sofrem com os fenômenos.
Após a reunião de bancada, uma
comitiva de 25 prefeitos da Bahia se reuniu para discutir o problema da
estiagem no Estado com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Royalties são de Todos
“Temos que mostrar que estamos
discutindo o produto do contrato que é o petróleo, não existe produtor, existe
confrontante”, defendeu o presidente da Confederação Nacional de Municípios
(CNM), Paulo Ziulkoski, sob aplausos dos gestores.
Na bancada da Bahia, a senadora
Lídice da Mata (PSB-BA), afirmou que esteve na abertura da Marcha, ouviu a
reinvindicação dos prefeitos, e está do lado deles na questão dos royalties.
“Também concordo com o presidente Paulo quando afirma que o pacto federativo é
um problema sério e estou à disposição para ajudar”, defende.
O prefeito de Trairi (CE),
Josimar Moura, acredita que as bancadas devem ajudar a pressionar a questão do
pré-sal e o problema da estiagem.
“Metade do meu Município se encontra no semiárido e estamos com sérios
problemas agropecuários por conta disso”, explica.
O prefeito de Barra, na Bahia,
Arthur Silva Filho, acredita que as reuniões de bancada são importantes, mas
sentiu a ausência de muitos parlamentares de seu Estado durante o evento.
“Ligamos para muitos parlamentares, mas muitos não vieram”, conta.
A bancada de São Paulo foi
liderada pelo presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Marco
Monti. Os gestores paulistas receberam os deputados Devanir Ribeiro (PT-SP) e
Roberto Santiago (PV-SP), que se posicionaram a favor da pauta principal do
encontro, a distribuição igualitária dos royalties.
Com o plenário 4 lotado, a
bancada do Maranhão discutiu a pauta municipalista com a participação do
deputado Domingos Dutra (PT-MA), que sugeriu a criação de um Grupo de Trabalho
para a discussão dos interesses municipalistas durante todo o ano e não apenas
na Marcha..
A deputada Sandra Rosado (PSB-RN) e o deputado Henrique Alves (PMDB-RN) participaram da bancada do Rio Grande do Norte e demonstraram apoio à CNM. Ele garantiu que seu voto será contrário à proposta do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que ainda está aberta para sugestões do Grupo de Trabalho, mas sugere que a perda os estados e Municípios confrontantes seja gradativa num prazo de dez anos, de 2013 a 2023, para adaptação.
A Bancada do Paraná foi mediada pelo presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Gabriel Samaha, e recebeu o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Serraglio levantou a bandeira da autonomia municipal para que os Municípios não dependam mais de emendas. De acordo com o parlamentar, os royalties são a primeira conquista que os Municípios precisam para conseguir essa autonomia.
Sobre Educação, Samaha defendeu também uma mudança do Plano Nacional de Educação (PNE) e sugeriu um aumento do investimento de 7% para 10%.
Nas bancadas do Rio Grande Sul e de Minas Gerais os royalties também tiveram prioridade absoluta.
Compromisso
Vestidos de coletes de apoio à aprovação dos Royalties, os prefeitos pediam que o compromisso assumido pelo presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), logo após a votação do Código Florestal, há duas semanas, seja cumprido. Eles esperam que a matéria seja posta em pauta o mais rápido possível.
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