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Idealizador do Comunicurtas – o Festival de Audiovisual de Campina Grande, responsável pelo sucesso do Curso de Formação de Atores implantado pelo Departamento de Comunicação Social da UEPB e diretor do primeiro filme de longa-metragem rodado na Rainha da Borborema, o cineasta paraibano André Costa Pinto foi destaque na edição do último domingo (15) do jornal Folha de São Paulo. Para expandir ainda mais o talento do cineasta de Barra de São Miguel, o filme “Tudo que Deus Criou” foi selecionado para o Festival Internacional de Curitiba - Olhar de Cinema -, um dos mais importantes festivais do país.
Em extensa reportagem, André Costa Pinto é comparado ao personagem “Forrest Gump” interpretado pelo ator Tom Hanks. Com o título “Forrest Gump da Paraíba filma histórias insólitas”, a reportagem retrata a trajetória inusitada do cineasta de 25 anos que tem se destacado por filmar histórias marcantes, como aconteceu no premiado “Amanda e Monick”.
A reportagem da Folha apresenta André como um diretor ousado, que surpreende em seus curtas metragens pela ousadia com a qual trata determinados temas. Em seus filmes, conforme revela a matéria, o cineasta já falou de uma cega ninfomaníaca e virgem, um ex-frade paraibano que virou político transexual pioneiro na França e um senhor que, a partir de sonhos, esculpia obras comparadas às de Leonardo da Vinci.
Reconhecendo a importância da Universidade Estadual da Paraíba para o crescimento da indústria de audiovisual paraibana, a matéria da Folha faz referência direta ao longa “Tudo que Deus Criou”. Lançado recentemente, o filme – primeiro dessa natureza rodado em Campina Grande - só foi possível ser realizado graças a UEPB que o financiou com uma verba de R$ 150 mil.
Natural de Barra de São Miguel, no Cariri do Estado, André revelou que tudo começou em 2006, quando ele chegou a Campina Grande para estudar no curso de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba. Na bagagem trazia histórias e personagens, os quais conviveu e cresceu junto a eles. Sem saber, um amplo horizonte estava prestes a ser explorado. Prova disso foi que, com o decorrer do tempo, as histórias trazidas por André serviram de inspiração para os roteiros de seus filmes de curta metragem e ganharam destaques nas telas do cinema.
Assim foi com “A encomenda do bicho medonho”, “Amanda e Monick”, `”A minha amiga: um breve relato sobre nós” e, mais recentemente, seu longa de estreia “Tudo que Deus Criou”, o qual começa a ganhar as telas do país e do mundo e traz para o cineasta e para toda a Paraíba o reconhecimento da atual fase que vive o cinema no Estado.
O filme “Tudo que Deus Criou” foi realizado com incentivo da Universidade Estadual da Paraíba. No elenco, conta com atores conhecidos nacionalmente como Letícia Spiller, Guta Stresser, Maria Gladys, Paulo Vespúcio e Claudio Jaborandy. Além do elenco local, do qual faz parte o protagonista Paulo Philippe, as atrizes Gal Cunha Lima, Eliana Figueiredo e os atores Bruno Oliveira, Flávio Guilherme e José Victor.
O filme acompanha a rotina do travesti Miguel, que se prostitui, e aborda outros temas complexos como homossexualismo e a Aids. A película foi uma porta de aprendizado para cerca de 50 jovens do curso de Comunicação Social da UEPB que estavam envolvidos com toda a produção do projeto.
Uma boa parte desse pessoal que trabalhou na obra hoje produz seus próprios filmes ou está trabalhando na área, a exemplo de Kleyton Canuto, Pablo Giorgio (Pablito), Allan Fernando, Carol Torquato, dentre outros. “É fundamental esse apoio da UEPB e a visão que a reitora Marlene Alves tem sobre o papel da Universidade em apoiar e incentivar a cultura. Graças a isso estamos produzindo cada vez mais aqui em Campina”, comentou André.
Nos últimos anos, a produção de curtas na Paraíba vem crescendo, segundo estatísticas da Comissão de Organização do Comunicurtas UEPB. Na última edição do evento foram inscritos na Mostra Tropeiros da Borborema, 111 curtas paraibanos, todos produzidos em 2011. Some-se a isso dois longas produzido por André e o filme “Onde Borges Tudo Vê”, do também cineasta paraibano Taciano Valério. “Tudo isso é reconhecimento de um trabalho que a gente faz com amor e respeito. Lembrando sempre que cinema é arte coletiva, ninguém faz sozinho. Então, o mérito é de todos que ajudam a construir a obra”, concluiu André.
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