Agência Brasil
Brasília
- A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou hoje (9), uma relação
com 164 entidades privadas acusadas de cometer “irregularidades graves e
insanáveis” na prestação de serviços a órgãos e entidades federais.
Incluídas
no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas
(Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos de
parceria com órgãos da administração pública federal, como os vários
ministérios e autarquias.
Inicialmente,
a avaliação da regularidade na execução dos contratos envolveu 1.403
convênios que ou estavam sendo executados, ou pendentes da liberação de
recursos federais quando, em 28 de outubro de 2011, a presidenta Dilma
Rousseff assinou o Decreto Presidencial nº 7.592, determinando a
suspensão de todos os repasses financeiros a organizações não
governamentais (ONGs) e entidades privadas sem fins lucrativos até que
fosse avaliada a regularidade da execução dos serviços contratados.
O
decreto foi publicado dias depois que o então ministro do Esporte,
Orlando Silva, ter deixado o cargo, em meio a uma séria de denúncias,
inclusive sobre a existência de irregularidades em contratos assinados
pela pasta com ONGs.
Do
total de convênios avaliados pelos vários ministérios, 305 foram
considerados “com restrição” analisados novamente pelos ministérios
responsáveis pelo contrato. Segundo a CGU, as irregularidades graves e
insanáveis cometidas pelas 164 entidades incluídas no Cepim foram
identificadas ao fim desta segunda análise, em 194 convênios. Há
entidades associadas a mais de um contrato.
Ainda
de acordo com a CGU, as 164 entidades vão ter que responder a Tomadas
de Contas Especiais a fim de quantificar quanto cada uma terá de
devolver aos cofres públicos.
Nos
próximos dias, o governo federal deve publicar uma portaria instituindo
um grupo de trabalho interministerial com o objetivo de propor, em 60
dias, formas de aperfeiçoar a metodologia de prestação de contas de
convênios, contratos de repasse, termos de parceria e instrumentos
congêneres celebrados por órgãos e entidades da administração pública
federal com entidades privadas sem fins lucrativos.
Segundo
a CGU, o grupo terá integrantes da Casa Civil, da Secretaria-Geral da
Presidência, do Ministério do Planejamento e do Ministério da Fazenda,
além da própria controladoria. Além disso, o Tribunal de Contas da
União (TCU) será convidado a indicar um representante.
A
relação de todas as entidades privadas sem fins lucrativos impedidas de
assinar convênios com o governo federal está disponível no http://www.portaldatransparencia.gov.br/cepim/EntidadesImpedidas.asp?par...).">Portal da Transparência.
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