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Começou com o Revelando os Brasis,
um projeto que leva o audiovisual para novos realizadores e novas
platéias em cidades de menos de 20 mil habitantes. Navegar nos curtas
disponíveis no site do projeto é uma delícia.
Muitas histórias boas brotaram dalí - aliás algumas foram reproduzidas e reverberadas – casos do Seu Brilhantino, do Seu Manoelzinho e da Sidnéia, esses últimos, viraram temas de reportagens antigas do Profissão.
Mas o festival não é apenas contar histórias, mas também despertar
aptidões e desejos de contá-las. E aí que está a incrível história de
André da Costa Pinto, estudante de Comunicação Social da Universidade
Estadual da Paraíba.
Primeiro, ele fez um documentário pelo projeto, o
interessante “A Encomenda do Bicho Medonho”.
Depois fez outro, rodou
festivais, ganhou prêmios, conheceu pessoas e mergulhou na diversidade
de produções brasileiras. Resolveu que Campina Grande, Paraíba, também
merecia um Festival.
No meu primeiro texto, falei sobre a importância de abrir espaços
para documentários, acompanhar festivais e até organizar um, se for o
caso. Foi o que fez André. Deu trabalho, foi difícil, mas gerou na
cidade um engajamento e um voluntarismo invejáveis.
INTEGRANTES DO GRUPO RECEBEM APLAUSOS |
Para a primeira edição, ele precisava de um pouco de dinheiro e
procurou apoiadores. Um dos poucos que acreditaram foi o dono de uma
funerária. Não podia dar dinheiro, mas deu a André três caixões, que
foram parar na sala de sua casa. E por lá ficaram até ele encontrar três
mortos que ali coubessem – e três famílias que se dispusessem a comprar
os caixões para financiar o projeto.
Neste mês, estive na sexta edição do Comunicurtas,
festival criado pelo estudante, que ganhou o apoio da Universidade
Estadual da Paraíba e, mais que isso, a presença de um público assíduo e
de um batalhão de fiéis voluntários.
Eu que imaginei estar indo para um
evento mais com cara de semana de comunicação, tive uma maravilhosa
surpresa ao ter participado de um festival que conseguiu envolver a
cidade, os universitários, a turma do cinema e o povo que veio de fora.
Pode parecer um pouco ingênua essa admiração pelo heroísmo de
iniciativas como essa, mas queria compartilhar a foto que tirei
realmente emocionado no momento em que o público aplaudiu André e seu
time.
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