DA FOLHA PRIME
Grandes redes de televisão afirmam que a Anatel(Agência Nacional de Telecomunicações pode provocar um apagão de 22 milhões de antenas parabólicas residenciais espalhadas pelo país.
A agência vai autorizar o uso das frequências de 3,4 a 3,6 gigahertz (GHz) para oferta de banda larga e de telefonia fixa e celular pela tecnologia sem fio Wimax. As parabólicas usam a faixa de frequência contígua de 3,62 GHz a 3,8 GHz.
A Globo e a Record testaram os equipamentos e constataram interferência na recepção dos canais de TV pela Atenas parabólicas e nas transmissões entre chamadas cabeças de rede e suas afiliadas retransmissoras.
Depois de duas rodadas de negociações com as empresas , a Anatel decidiu encomendar testes de campo antes de publicar o edital de vendas das licenças.
Segundo o conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, se forem confirmadas as queixas das emissoras, o governo vai buscar uma solução técnica antes de iniciar a licitação, que deve ocorrer neste ano.
Além das emissoras de TV, fabricantes de antenas alertam a Anatel para risco de apagão das parabólicas. Até deputados federais pressionaram a agência.
"A Anatel não pode impor uma medida a fórceps. Só queremos tempo para achar uma solução técnica que permita a convivência dos sois sistemas", diz Rogério Ferraz Camargo, presidente da Orbinova, fabricante de decodificadores para parabólicas.
O movimento começou no inicio de junho, quando a Anatel colocou a minuta do edital de licitação em consulta pública.
A proposta prevê o uso de antenas Wimax com potência de 30 watts, que cobriram uma cidade média.
A tecnologia Wimax já é usada em pequena escala no país, com potência limitada no país a 2 watts. Radiodifusores dizem que enfrentam a interferência desses equipamentos e são obrigados a pôr filtros nas antenas retransmissoras.
A implatanção da tecnologia Wimax tem um histórico de problemas. Em 2002,a Anatel fez uma licitação para uso da frequência de 3,5 GHz. Como a tecnologia ainda era incipiente, a procura foi pequena. Em 2005. a agência anunciou licitação para venda das sobras de frequências, que foi suspensa. No ano seguinte houve nova licitação, revogada pelo TCU( Tribunal de Contas da União).
O edital proposto agora pela Anatel prevê leilão de 565 lotes de frequências. Os vencedores teriam 24 meses para implantar o serviço nas cidades com mais de 100 mil habitantes e 60 meses para atender municípios entre 30 mim e 100 mil habitantes.
Retirado do:
Jornal da Paraíba
dia 17/07/2011
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