Um ano da morte de "Bacuri"

Por: Jefferson Barbosa

        Há exatamente um ano, um dos maiores terrores nos últimos tempos na região do brejo da Paraíba teria sua "carreira" interrompida. Falo do José Adailton Lúcio da Costa vulgo " Tano" ou "Bacuri" para os mais íntimos como assim ficou conhecido em todo o estado, após seus atos violentos, suas ações e seus vídeos! Sim ele também fazia parte da nova leva de pessoas interligadas nas tecnologias e utilizava seus vídeos com canções que o mesmo entoava em suas festas, regadas a bebidas, mulheres e armas.

Causador de um dos maiores êxodos rurais da história das cidades de Alagoa Nova e parte de Areia, Tano virou um símbolo para as noviças, por sua rebeldia, conseguiu várias namoradas do crime, também virou um símbolo para os que escolheram seguir o caminho da violência. Foram mais de 20 homicídios e latrocínios, isso apenas os que a polícia desvendou, violência a famílias, invasão de residências além do confronto com as polícias civil e militar que durou mais de 3 anos. 

         Após duras batalhas, várias mortes de companheiros e até de inocentes que atravessaram seu caminho, foi na manhã de uma sexta-feira no dia 19 de fevereiro de 2016, mais precisamente no Assentamento Manoel Joaquim, próximo ao povoado de Cepilho que veio a ruir o reinado do famoso "Bacuri", morto em um confronto com uma força tarefa preparada, foi por volta das 6h30 daquela sexta, quando o assunto tomava de conta da população de Alagoa Nova, que acordava com o vizinho batendo a porta da casa, com o celular ligando e notificando e até com a manchete na rádio local: “Confirmada neste momento a morte de Bacurí”. Imediatamente uma multidão se dirigiu até o hospital da cidade, para constatar e comemorar, isso mesmo comemorar o abatimento do maior terror da cidade nos últimos 30 anos. 

Para muitos uma curiosidade em saber como era aquele homem que se dizia o chefe, para outros, apenas constatar a veracidade de um trabalho que durou mais de 3 anos entre fugas e armadilhas, era o fim do “Bacurí” o terror da zona rural de Alagoa Nova, Areia e adjacências, o novo "rei" da bandidagem que deixou ramificações nos quatro cantos da cidade, amedrontou comunidades inteiras, recrutou aliados em várias cidades da região, agora ficava apenas na lembrança de uma cidade inteira que ficou em um clima de medo e tensão quando seu bando atacava, terminava neste dia a história do menino de família humilde, de pais trabalhadores, mas que decidiu seguir o caminho do crime e plantar a violência. Como muitos dizem “a casa caiu”!.

Reveja aqui momento em que a polícia chega com o corpo de "Bacuri" ao hospital da cidade.