Carolina Gonçalves e Karine Melo -
Agência Brasil
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Plenário da Câmara vazio |
O texto, que tramitou mais de dez anos no Congresso, define critérios
para a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de cidades
brasileiras, e o governo teme que quase 400 cidades sejam criadas a
partir das novas regras. “A medida permitirá a expansão expressiva do
número de municípios no país, resultando em aumento de despesas com a
manutenção de sua estrutura administrativa e representativa”, diz trecho
da justificativa do veto da presidenta ao projeto.
Autor da proposta, o senador Mozarildo Cavalcante (PTB-RR) garante
que, pelos estudos feitos, o número de municípios criados não passará de
180 e as despesas não serão elevadas. Segundo ele, boa parte das
despesas será coberta pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
que terá que ser apenas redistribuído.
“Esse projeto não autoriza a criação de municípios , ao contrário,
ele regulamenta a criação, o que nunca houve no Brasil. O que estamos
criando é uma regra que envolve coisas muito rígidas”, disse.
Cavalcanti destacou que o projeto reúne exigências para qualquer
mudança territorial, como número mínimo de habitantes (5 mil), estudo de
viabilidade econômica e plebiscito na área envolvida.
Como o projeto foi aprovado com o apoio de 312 deputados e 53
senadores, para evitar grandes desgastes representantes do governo não
descartam a possibilidade de apresentar uma proposta alternativa antes
da votação, mas ainda não foi negociado qualquer texto em torno do
assunto.
Além do veto integral ao projeto de criação de municípios, o Planalto
também está negociando a manutenção de mais dois vetos totais e um
parcial. A intenção do governo é derrubar definitivamente a proposta
(105/2012) que regula o exercício da atividade de condução de veículos
de emergência, como ambulâncias, e o projeto (PLC 31/2012) que obriga a
implantação de faixas, passarelas ou passagens subterrâneas para a
travessia de pedestres nas proximidades de estabelecimentos de ensino. A
justificativa para o veto total foi a possibilidade de a medida
aumentar as despesas de governos locais e não considerar o interesse da
população.
A única restrição parcial do Planalto, e que terá de ser analisada na sessão dessa terça-feira, foi feita ao projeto (PLC 01/2013) que define e qualifica as instituições comunitárias de Educação Superior (Ices). O governo diz que, em partes do texto, os parlamentares definiram critérios que desestimulam a criação de outras instituições e podem prejudicar a rede pública federal de educação superior.
A única restrição parcial do Planalto, e que terá de ser analisada na sessão dessa terça-feira, foi feita ao projeto (PLC 01/2013) que define e qualifica as instituições comunitárias de Educação Superior (Ices). O governo diz que, em partes do texto, os parlamentares definiram critérios que desestimulam a criação de outras instituições e podem prejudicar a rede pública federal de educação superior.
Desde que o Congresso aprovou a emenda constitucional que
estabelece o fim do voto secreto nas votações de vetos presidenciais e
em processos de cassação de parlamentares no final do ano passado, esta
é a segunda vez que os parlamentares analisam vetos por voto aberto.
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