Pau de arara e outros erros são
constatados nas escolas públicasde Alagoa Nova, Matinhas e Esperança
Caminhonetes super lotadas (pau de arara), transportando
estudantes, sem as mínimas condições de segurança. A constatação foi
feita nos municípios de Alagoa Nova e Matinhas, durante inspeções
realizadas nas escolas públicas municipais e estaduais localizadas
nesses dois municípios, por representantes do Ministério Público da
Paraíba, promotoras Jovana Maria da Silva Tabosa e Fabiana Maria Lobo, e
representantes do Conselho Estadual de Alimentação Escolar. A
promotora de Justiça de Alagoa Nova registrou o fato com fotografia.
Além
do pau de arara, as representantes do Ministério Público constataram
diversas irregularidades dentro das próprias escolas, a exemplo de a
água do garrafão, que os estudantes tomam ser recolhida da torneira, sem
passar por processo de filtração; infiltração no teto da sala da
despensa e pouca circulação de ar, fatores que comprometem na
durabilidade dos gêneros alimentícios; e morcegos fazendo morada no teto
da sala da secretaria.
A
escola que mais apresentou problemas foi a EEEFM Arthur Virgínio de
Moura, em Matinhas. De acordo com a coordenadora do CAOP Educação,
Fabiana Lobo, o trabalho de inspeção tem sido uma constante nas escolas
públicas, dos diversos municípios paraibainos, dentro do projeto MP
pela Educação, que faz parte do Planejamento Estratégico do Ministério
Público da Paraíba.
Dentro
desse projeto, cerca de 65 escolas públicas, localizadas nos
Municípios de Alagoa Nova e Matinhas, serão fiscalizadas pelos
Conselheiros Tutelares, para verificar as irregularidades quanto as
condições da infraestrutura, qualidade da merenda servida aos alunos e
do processo de ensino e aprendizagem. Esta semana, a Promotoria de
Justiça de Alagoa Nova, juntamente com o Caop da Educação, realizou uma
audiência pública, para tratar sobre a gestão das verbas da Merenda
Durante o evento, Jovana Tabosa fez uma explanação sobre o trabalho do
Projeto Ministério Público pela Educação e, na oportunidade, foi
firmado o Termo de Cooperação com os Conselhos Tutelares dos
Municípios, os quais darão início as fiscalizações nas escolas e
creches públicas.
As
Audiências Públicas para tratar sobre a gestão das verbas da Merenda
Escolar, atividade do Projeto MP pela Educação, tem como parceiros a
Secretaria Estadual de Educação, a Controladoria Geral da União e a
Advocacia Geral da União.
Esperança
Outra
promotora de Justiça que aderiu ao MP pela Educação foi a promotora de
Justiça de Esperança, Paula da Silva Camilo Amorim. Com isso, foi
realizada também uma audiência pública naquele município que tratou da
gestão das verbas da Merenda Escolar, onde participaram os secretários
de educação, membros do Conselhos Municipais de Educação e Membros dos
Conselhos Tutelares dos Municípios de Esperança, Areial, Montadas e
Lagoa de Roça.
No
momento, algumas escolas públicas das redes municipal e estadual foram
fiscalizadas pelas promotoras de Justiça de Esperança, Paula Camillo e
Fabiana Lobo, Membros do Conselho Estadual de Alimentação Escolar e
Conselheiro Tutelar. Em visita à EEEFM Maria José de Souza, em Montadas,
foram constatadas as seguintes irregularidades: sala de Informática
contendo 10 computadores, dos quais cinco estão quebrados; não há
central de água instalado, os alunos compartilham copos e bebem água do
filtro.
Os
estudantes do 2º ano, do Ensino Médio, relataram que a cozinha da
escola precisa de maior controle de higiene, pois já encontraram cabelo e
pedrinha na comida; a água utilizada para o preparo da merenda é
recolhida da cisterna, suja e amarelada; ao observar o caderno de
registro da merenda escolar, por turno, a promotora de justiça de
Esperança constatou que, em alguns dias, a merenda servida foi café com
biscoito, e em outros, não houve merenda.
“Na
Escola Estadual Francisco S. Neto foi constatado que, dos 45
estudantes, da turma do 4º ano do Ensino Fundamental, seis não sabem
ler, nem escrever, fatos como este confirmam que a Paraíba integra o
terceiro estado do Brasil com o maior número de analfabetos funcionais”,
afirmou Fabiana Lobo.
Já na
EMEIF Genuíno Brito da Silva, no Município de Montadas, a escola não
tem acessibilidade arquitetônica para cadeirantes; não havia frutas,
nem verduras, a carne em pouca quantidade, foi informado pela diretora
que, às vezes os alunos tomam achocolatado.
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