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segunda-feira, 25 de julho de 2011

PMDB cogita aliança anti-PT com PSDB e DEM

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Comandado por Geddel Vieira Lima, o PMDB da Bahia cogita compor uma aliança que destoa do condomínio que o partido integra em Brasília.  

A legenda do vice Michel Temer negocia na capital baiana, para 2012, uma aliança com DEM e PSDB, os dois maiores antagonistas de Dilma Rousseff no Congresso.  

“O espírito de todos que fazem oposição ao PT aqui na Bahia é o de construir um projeto único”, disse Geddel ao blog.   

Ex-ministro de Lula e vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica sob Dilma, Geddel afirmou que conversa informalmente com lideranças ‘demos’ e tucanas.  

Mencionou espeficicamente os deputados federais ACM Neto (DEM) e Jutahy Júnior (PSDB). Segundo Geddel, o diálogo é, por ora, embrionário.  

Ele estima que a negociação entrará em fase “mais consequente” a partir de setembro.   

Só então vai-se saber se o “espírito” de união resultará em candidatura única à prefeitura de Salvador.  

Enganchado ao projeto nacional do PT, Geddel tornou-se, no ano passado, ferrenho adversário do petista Jaques Wagner.  

Mediram forças pelo governo do Estado. E Wagner prevaleceu sobre Geddel. Os grupos de ambos voltarão a roçar punhos na eleição municipal do ano que vem.  

A disputa se estenderá por toda Bahia. Mas é no ringue de Salvador que se dará a luta mais relevante, uma espécie de prévia de 2014.  

Geddel tenta, por ora, empinar o nome do radialista Mário Kertész, um ex-pemedebê que já foi prefeito da cidade. Porém…  

…Porém, Geddel não exclui nem mesmo a hipótese de apoiar a eventual candidatura de ACM Neto, herdeiro politico do arquirival Antonio Carlos Magalhães.  

“Quem busca apoio tem que estar disposto a apoiar”, afirmou Geddel ao repórter. “Excetuando-se o PT, vamos conversar com todo mundo.”  

Não se constrange de tricotar com o representante do legado de ACM? Geddel responde à pergunta com ironia:  

“Se Jaques Wagner conversou e fez seu vice-governador um genérico do carlismo, eu prefiro dialogar com o original.” Chama-se Otto Alencar o vice de Wagner. Fez-se na política pelas mãos de ACM. Elegeu-se deputado estadual, presidiu a Assembléia Legislativa baiana.  

Foi secretário de Saúde do governo ACM. Teria sido candidato a vice do filho do ex-morubixaba pefelê se Luís Eduardo Magalhães não tivesse morrido. Morto Luís Eduardo, Otto manteve-se na vice, dessa vez na vitoriosa chapa do ex-governador Cesar Borges, outra cria de ACM, hoje filiado ao governista PR.  

“Conversar com ACM Neto, para mim, é a coisa mais natural do mundo”, repisou Geddel. “Não tenho nenhum constrangimento de apoiar o ser apoiado por ele”. Os companheiros do PMDB e a turma de Dilma não reclamam? “Ninguém reclamou nem vai reclamar”, declarou Geddel.  

“A política nacional é uma, a estadual é outra. Há peculiaridades locais que precisam ser respeitadas”, acrescentou o vice-presidente da CEF. “Ou respeitamos essas peculiaridades ou não teremos condições de marchar juntos em 2014. As diferenças não se restringem à Bahia”.

Blog do Josias de Souza da Folha de São Paulo

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